O satélite lançado para espalhar "o monoteísmo, a paz e a justiça" através do mundo!
Apesar de muitos países terem construído seus próprios satélites, incluindo o Brasil, apenas dez deles desenvolveram a capacidade de colocá-los em órbita da Terra, da Lua ou de outros planetas e até mesmo de asteroides, através da construção e operacionalização de foguetes e bases de lançamento. Do primeiro país a conseguir este feito - a União Soviética em 1957, ao último deles - a Coréia do Norte em 2012, temos o Irã, que através do foguete lançador Safir 1A colocou em órbita da Terra o satélite de pesquisas e comunicação Omid, ambos retratados nesta cédula. Com isto o Irã tornou-se o novo país a entrar neste seleto grupo. Apesar do Irã ter assinado o Tratado do Espaço Sideral, é a única nação deste grupo a não ratificá-lo. Um dos pontos chaves deste tratado é a proibição dos estados signatários em colocar armas de destruição em massa na órbita da Terra. O lançamento coincidiu com o 30º aniversário da Revolução Iraniana e foi supervisionado pelo então presidente Mahmoud Ahmadinejab, que disse na ocasião que o satélite foi lançado “para espalhar o monoteísmo, a paz e a justiça através do mundo”. O Brasil tentou entrar neste grupo através do projeto VLS (Veículo Lançador de Satélites). Após três tentativas fracassadas, sendo a última em 22 de agosto de 2003 com a explosão do foguete lançador VLS-1 no Centro de Lançamento de Alcântara no Maranhão e que resultou na morte de 21 técnicos e a destruição das instalações de lançamento, o projeto foi definitivamente cancelado. Um novo projeto chamado VLM (Veículo Lançador de Microssatélites) está atualmente em desenvolvimento, com lançamento previsto para 2027, e projetado para colocar 30 kg de carga útil em órbita baixa, a 300 quilômetros de altitude. É ver para crer.
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