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awada

50 Rubles – 2020 – Bielorrússia

Um castelo com uma rica história medieval e uma fúnebre conexão com o Holocausto.


O belíssimo castelo visto nesta cédula é o Castelo de Mir, na cidade de Mir, Bielorrússia, e é uma das joias arquitetônicas e históricas do país. Reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2000, este castelo é uma obra-prima que reflete diferentes estilos arquitetônicos e uma história rica e multifacetada. Construído no final do século XV e início do século XVI, ele foi inicialmente concebido no estilo gótico. No entanto, ao ser foi expandido e reformado, ele incorporou elementos renascentistas e barrocos, tornando-o um raro exemplo de fusão arquitetônica. Suas muralhas grossas, torres maciças e fossos refletem sua função militar inicial. Posteriormente, ele foi adaptado para servir como uma residência de famílias nobres. Durante o século XIX, o castelo foi abandonado por décadas, sofrendo danos consideráveis. No início do século XX, ele começou a ser restaurado, mas os esforços foram interrompidos pelas duas guerras mundiais. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Castelo de Mir foi transformado em um gueto judeu pelas forças de ocupação nazistas, um dos muitos estabelecidos na Bielorrússia ocupada. Esse período sombrio da história do castelo marcou uma tragédia para a comunidade judaica local, que havia prosperado em Mir antes da guerra. O gueto foi estabelecido em outubro de 1941 dentro do território do castelo, com o objetivo de concentrar a população judaica da cidade de Mir e arredores. Cerca de 1500 judeus foram forçados a viver ali. As condições eram desumanas: os moradores viviam amontoados em espaços apertados, sem acesso adequado a alimentos, água ou medicamentos. As muralhas do castelo e os guardas nazistas impediam qualquer tentativa de fuga. Em novembro de 1941, a maior parte dos prisioneiros do gueto foi deportada para campos de extermínio, como o de Treblinka. Durante essa fase, mais de 1000 judeus foram executados em uma vala comum próxima ao castelo. O gueto foi efetivamente liquidado em 1942, e os poucos sobreviventes fugiram ou foram mortos. Hoje há esforços para preservar e honrar a memória das vítimas. Monumentos e exposições dentro e fora do castelo relembram essa trágica fase de sua história, sendo usada como uma ferramenta educativa para garantir que as atrocidades do passado não sejam esquecidas.

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