Uma história controvertida. Herói nacional para uns, um sanguinário assassino para outros!
Antonio Rivero (1808-1845), também conhecido como Gaúcho Rivero, ficou notório por se rebelar contra o domínio britânico no assentamento de Port Louis, nas Ilhas Malvinas (Ilhas Falklands para os britânicos), em 26 de agosto de 1833. Com este ato, Rivero adquiriu o status de herói popular na Argentina, onde recebeu inúmeras homenagens como a desta cédula. Na verdade, a história por trás desta rebelião é um tanto sinistra. Ele e outros gaúchos mataram cinco líderes do assentamento local em um sangrento episódio que ficou conhecido entre os britânicos como “Os Assassinatos de Port Louis”. Capturado tempos depois pelo comandante de um navio de guerra britânico, ele foi enviado para Londres, mas não pode ser julgado uma vez que na época o Tribunal da Coroa Britânica não tinha jurisdição sobre as ilhas. Rivero foi então deportado para o Rio de Janeiro e em seguida voltou para a zona do Rio da Prata. Em sua homenagem, entre 2011 e 2012, todas as legislaturas das províncias argentinas banhadas pelo Oceano Atlântico sancionaram a "Lei Antonio Rivero" que proíbe a retenção, amarração e abastecimento de navios com a bandeira das Ilhas Malvinas, a bandeira do Reino Unido e de outras colônias britânicas em portos dessas províncias. Um plebiscito realizado em 2013 pelos habitantes das ilhas resultou em uma adesão de 99,8% a favor de permanecerem ligados ao Reino Unido. A cédula acima retrata no seu anverso o mapa das Ilhas Malvinas ou Falklands e no reverso Antonio Rivero cavalgando com a bandeira argentina, tendo ao fundo o cemitério argentino na localidade de Darwin e o cruzador leve General Belgrano, que foi afundado pela marinha britânica durante a Guerra das Malvinas em 1982.
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