"Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos." (Antoine de Saint-Exupéry)


Saint-Exupéry (1900-1944) foi um aviador e escritor francês. Como aviador teve uma rápida passagem na Força Aérea Francesa na década de 1920, mas foi como piloto de correio aéreo na empresa Aéropostale em Toulouse, futura Air France, que ele passou grande parte de sua curta existência. Na Aéropostale, Saint-Exupéry foi pioneiro nas rotas entre a Europa, norte da África e América do Sul, com uma das aeronaves por ele pilotada retratada no anverso desta cédula – uma Latécoère 28. Outra aeronave por ele pilotada era uma Breguet XIV, vista no reverso da cédula. Originalmente esta segunda foi um bombardeio biplano utilizado na Primeira Grande Guerra. Em 1935 Saint-Exupéry participou de uma corrida aérea entre Paris e Saigon para tentar quebrar o recorde de velocidade. Sua aeronave caiu no deserto da Líbia após 20 horas de voo, mas ele sobreviveu a queda após passar três dias no deserto e ser resgatado por um beduíno. Na Segunda Grande Guerra ele voltou a se juntar a Força Aérea Francesa para missões de reconhecimento. Em uma dessas missões ele partiu da Córsega em 31 de julho de 1944 para nunca mais voltar. Ele foi considerado morto em ação, mas seu corpo nunca foi encontrado. Seu maior legado, entretanto, nos foi deixado pelo seu lado como escritor. Entre várias obras publicadas, de longe O Pequeno Príncipe é a sua mais famosa. Em parte, ela é uma referência a sua experiência quando sobreviveu ao deserto da Líbia. O livro é um dos mais traduzidos no mundo, tendo sido publicado em mais de 300 idiomas e dialetos. E a cédula, é claro, apresenta vários itens do livro com passagens em graus decrescentes de visibilidade, sendo os mais visíveis o próprio Pequeno Príncipe, seu pequeno planeta natal, ou melhor, o asteroide B-612, e a sua famosa jiboia que engoliu um elefante.
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