Não é apenas no mundo dos vivos que o dinheiro é necessário. Conheça o "Hell Money" - o dinheiro do inferno!
Impresso por empresas comerciais na China, estas cédulas obviamente não possuem valor legal, pelo menos não neste mundo – elas são destinadas a serem usadas pelos falecidos, na vida pós-morte. É uma tradição entre os chineses oferecer aos seus parentes mortos o "dinheiro do inferno" (Hell Money em inglês), queimando-os em urnas ou colocando-os dentro do seu caixão. Não se trata de uma brincadeira de mau gosto, nem de algo ofensivo. A resposta a sua existência está na tradição taoísta e budista que prevê a queima do dinheiro como uma oferenda. Já entre os antigos gregos era comum uma prática conhecida como “Óbolo de Caronte", onde uma moeda, denominada "obol”, era colocada na boca do falecido antes do seu funeral. A moeda destinava-se a pagar Caronte, o barqueiro que conduzia as almas através do rio que dividia o mundo dos vivos do mundo dos mortos. No costume chinês, o "dinheiro do inferno" é oferecido ao morto para que ele possa subornar Yama, o rei do inferno, de modo a ter uma curta estada ou até mesmo escapar do seu reino. A pessoa retratada na maioria das cédulas é o Imperador Jade Yu Wong, o monarca de todas as divindades no céu. Na tradição chinesa os valores das cédulas são geralmente muito altos, sendo que uma cédula de 50 milhões é bastante comum. Isto para garantir uma confortável vida do falecido no pós-morte. Por outro lado, o complemento “do inferno” dado ao se nome é um tanto inadequado, já que ele foi imposto pelos missionários cristãos quando estes chegaram à China, ao repreenderem os tradicionais chineses dizendo que eles iriam para o inferno quando morressem por praticarem um costume tão pagão.
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