George Best. O ídolo do futebol que tinha mágica nos pés e um botão de autodestruição na alma!

George Best (1946-2005), norte-irlandês de nascimento, foi um dos grandes jogadores de futebol da década de 1960 e um dos maiores ídolos do time inglês do Manchester United. Um dos melhores pontas que o futebol já teve, Best era conhecido pela sua velocidade e controle de bola, aliado aos dribles, que rapidamente o transformaram em um astro nos campos ingleses. Virou um dos primeiros popstars do futebol, com o título mais cultuável possível pela juventude inglesa daqueles tempos: "O Quinto Beatle". Ele foi peça fundamental nos Red Devils na conquista de títulos após o trágico acidente aéreo de Munique, que vitimou oito jogadores e três membros do estafe do clube em fevereiro de 1958. Assim como atingiu rápido a fama, teve uma queda meteórica após problemas com alcoolismo e depressão. Depois de onze temporadas no United, ele passou nada menos por outros 17 clubes entre 1974 e 1984, muitos deles sem conexão alguma com o futebol de elite. Apesar de fazer parte da seleção da Irlanda do Norte por vários anos, Best nunca jogou uma Copa do Mundo durante sua vida profissional por esta não ter conseguido se classificar em 1966, 1970 e 1974. Mesmo assim, seu sobrenome gerou um ditado popular em sua terra natal: "Maradona good. Pelé better. George Best." (Maradona bom. Pelé melhor. George o melhor). Aos 38 anos se aposentou definitivamente, já não sendo nem sombra do craque que encantou incontáveis amantes do futebol. Em 2002 teve de receber um transplante de fígado destruído pela cirrose. Seus últimos dias foram no hospital, ao lado de sua família e do amigo Denis Law. Aos pés de sua cama, uma carta com a seguinte mensagem e assinatura: "Do segundo melhor jogador de todos os tempos, Pelé". Sobre ela, Best disparou: "Este foi o último brinde da minha vida". Finalmente, no dia 20 de novembro de 2005, George Best teve seu último gesto de nobreza - deixou-se fotografar pela imprensa no seu estado lamentável no quarto do hospital onde estava, com a mensagem: "Não morra como eu".