Desde que seu busto foi descoberto em 1912, Nefertiti é símbolo de beleza e requinte e fascina milhares de pessoas que a visitam.
Nefertiti (c. 1370 - 1330 a.C.), que significa “a bela chegou”, foi uma rainha da 18ª Dinastia do Antigo Egito, esposa do faraó Amenófis, mais conhecido como Aquenaton. Nefertiti e o seu esposo tornaram-se conhecidos pela revolução religiosa por eles promovida, na qual apenas um deus, Áton, ou o disco solar, era adorado. A imagem na cédula é o famoso busto encontrado em Amarna, chamado "Busto de Berlim" em função de se encontrar hoje na capital alemã. A descoberta foi feita por uma equipe arqueológica alemã liderada por Ludwig Borchardt (1863-1938). A peça foi encontrada na zona residencial da cidade, na casa e oficina do escultor Tutemés. O busto de Nefertiti mede 50 cm de altura e trata-se de uma obra inacabada. A prova encontra-se no olho esquerdo da escultura, que não teve sua córnea incrustada. Borchardt julgou que o olho teria se desprendido quando encontrou o busto, mas estudos posteriores revelaram que ele nunca foi colocado, segundo a lenda para não causar inveja as demais deusas. Segundo o costume da época, os achados de uma escavação eram partilhados entre o Egito e os detentores da licença de escavação. Contudo, a forma como saiu do Egito é pouco clara e alvo de disputa. Atualmente o Egito alega que Borchardt escondeu a peça, versão contraposta à dele que alegou que os responsáveis pelas antiguidades egípcias não deram importância ao busto, deixando-o partir. Em 1920 a obra foi doada ao Museu Egípcio de Berlim, onde passou a ser exibida a partir de 1923, tornando-se uma das atrações da instituição. Durante a Segunda Guerra Mundial a Alemanha retirou as peças dos museus de Berlim para colocá-las em abrigos. O busto de Nefertiti foi guardado num abrigo na Turíngia, onde permaneceu até ao fim da guerra quando o exército americano o levou para Wiesbaden. Em 1956 o busto regressou a Berlim Ocidental.
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