A Ocupação Japonesa das Filipinas (1942-1945): Resistência, Repressão e Libertação

A ocupação japonesa das Filipinas (The Commonwealth of the Phillipines) ocorreu entre 1941 e 1944 durante a Segunda Guerra Mundial. A invasão começou em 8 de dezembro de 1941, dez horas após o ataque a Pearl Harbor. Tal como em Pearl Harbor, as aeronaves americanas estacionadas nas Filipinas foram severamente danificadas no ataque japonês. Na falta de cobertura aérea, a Frota Asiática Americana retirou-se para Java em 12 de dezembro de 1941. O General Douglas MacArthur recebeu ordem de saída, deixando seus homens na Ilha de Corregidor na noite de 11 de março de 1942 e seguindo para a Austrália, a 4.000 km de distância. 76.000 defensores americanos e filipinos famintos e doentes estacionados na Província de Bataan se renderam em 9 de abril de 1942 e foram forçados a suportar a infame Marcha da Morte de Bataan, na qual de 7 a 10 mil homens morreram ou foram assassinados. Os 13.000 soldados na Ilha de Corregidor se renderam em 6 de maio. Apesar da ocupação, uma campanha de guerrilha altamente eficaz criada pelas forças de resistência filipinas controlou 60% das ilhas, principalmente áreas florestais e montanhosas. Alguns desses grupos estabeleceram seus próprios governos provinciais, com tribunais, selos e até dinheiro. Este dinheiro de emergência era impresso pelo governo filipino no exílio e ficou conhecido como "pesos de guerrilha". Por serem cédulas de qualidade inferior, elas se deterioravam facilmente. A Segunda República das Filipinas, um governo fantoche instaurado pelos japoneses, passou a emitir seu próprio dinheiro de ocupação e proibiu a posse dos pesos de guerrilha, sendo que qualquer pessoa que os possuísse poderia ser presa ou mesmo executada. A cédula vista acima foi emitida em 1942 sob autorização do presidente em exílio Manuel L. Quezon (cuja imagem está estampada nesta cédula) para a Província de Negros Ocidental. O general MacArthur manteve sua promessa de retornar às Filipinas e em 20 de outubro de 1944 desembarcou na ilha de Leyte com uma força de 700 embarcações e 174.000 homens.