De rara beleza, esta cédula carrega em suas alegorias o puro DNA artístico brasileiro.

O padrão cruzeiro foi instituído em 1942, durante o Estado Novo, em substituição ao padrão mil-réis, sendo a primeira mudança do padrão monetário do Brasil. Seu nome se baseou na Constelação do Cruzeiro do Sul, que havia sido escolhida como símbolo da pátria. As cédulas da 1ª e 2ª estampas do padrão cruzeiro foram emitidas respectivamente pelo American Bank Note e pela britânica Thomas de La Rue. Em 1961 houve a primeira emissão experimental totalmente nacional através da Casa da Moeda do Brasil, responsável pela impressão da moeda e do papel-moeda do Brasil. A cédula trazia em seu anverso um jangadeiro no lado esquerdo e um índio no lado direito. Ela foi tão bem aceita pelo povo brasileiro e até ganhou apelido - “a cédula do Índio”. No seu reverso vemos a imagem da vitória-régia (Victoria amazônica), que recebeu o nome em homenagem à Rainha Vitória, quando o explorador alemão a serviço da Coroa Britânica Robert Hermann Schomburgk levou suas sementes para os jardins do palácio inglês. Conta a lenda que uma índia chamada Naiá, ao contemplar a Lua (Jaci) que brilhava no céu, apaixonou-se por ela. Jaci se sensibilizou com o esforço de Naiá e a transformou na grande flor do Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas ao surgir do luar. Apesar da boa recepção da cédula nacional, apenas em 1970 a Casa da Moeda efetivamente fez o lançamento de sua primeira série de cédulas no padrão cruzeiro.