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5 Cordobas – 1991 – Nicarágua

Atualizado: 9 de dez. de 2023

"A Nicarágua é feita de vigor e glória. A Nicarágua foi feita para a liberdade." (Rubén Dario, poeta nicaraguense)



Na segunda metade do século XVIII, várias circunstâncias ocorreram em um forte militar na América Central que transformaram a jovem nicaraguense retratada no reverso desta cédula chamada Rafaela Herrera (1742-1805) em heroína, quando um confronto com tropas militares inglesas, maiores e mais bem equipadas, não a intimidaram, mas a forçaram a agir, transformando-a na primeira artilheira da América Latina a defender um enclave estratégico na região. Em julho de 1762 foi travado um combate desigual entre uma força de mercenários a mando da coroa britânica, com mais de cinquenta navios e dois mil homens enviados da Jamaica, contra um forte localizado ao lado do rio San Juan, defendido por alguns homens sob o comando do capitão José Herrera Sotomayor, o qual morreu durante o cerco. A morte do militar deixou órfãos não apenas seus filhos, entre os quais Rafaela de 19 anos, mas suas tropas, que, sem seu guia, começaram a vacilar na defesa do forte. É nessa circunstância que surge Rafaela, não com dor, mas com muito mais coragem que vários oficiais, para reverter a situação e subjugar os invasores. Rafaela superou a perda do pai, assumiu o comando do forte e, depois de lançar um tiro certeiro que causou sérias perdas ao inimigo, conseguiu incutir coragem nas tropas que começam a respeitá-la como comandante. Sua inusitada tática militar, somada às baixas da tropa inglesa, expulsaram temporariamente os invasores britânicos. Felizmente para os defensores do forte, ainda no decorrer daquele ano, a Espanha e a Grã-Bretanha deram início às negociações de paz que resultaram no fim às hostilidades. Devido às suas ações neste episódio, hoje Rafaela Herrera é considerada heroína nacional na Nicarágua.

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