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20 Schilling – 1967 – Áustria

Atualizado: 9 de dez. de 2023

Cédulas que mudam de cor? Conheça o motivo para isto e a obra de um ilustre engenheiro austríaco.



Em 1969, a mídia austríaca informou ao público que cédulas de 20 Schilling com manchas verdes apareceram em circulação e que as pessoas acreditavam serem falsificações. Esta hipótese, no entanto, foi logo rejeitada pelo Banco Nacional da Áustria. Na verdade, constatou-se que estava ocorrendo uma mudança de cor nestas cédulas devido a reações químicas. Na sua impressão, foram utilizadas tintas com seis diferentes tons de marrons, com características químicas diferentes. Uma certa quantidade de cédulas pode ter sido exposta a alguma influência externa, seja por acaso ou intencionalmente, e essa exposição causou uma reação química entre os vários tons de marrom, alterando em alguns lugares o tom marrom original para um tom esverdeado. Uma explicação provável dada na época foi que alguém entregou uma peça de roupa a uma lavanderia química e as cédulas foram esquecidas de serem removidas de seus bolsos antes do processo de lavagem. Esta versão nunca foi confirmada pelo banco austríaco, mas foi amplamente recomendado que não se lavassem as cédulas para comprovar esta hipótese e assim levantar suspeitas sobre a autenticidade do dinheiro. À parte sua cor, o personagem retratado nesta cédula chama-se Carl Ritter von Ghega (1802-1860), um proeminente engenheiro e arquiteto austríaco, responsável pelo projeto e construção da malha ferroviária que atravessa o Passo de Semmering nos Alpes austríacos. Esta travessia foi vista por muitos de seus contemporâneos como tecnicamente complexa e até mesmo impossível devido ao forte gradiente ascendente do trajeto e a necessidade de curvas muito acentuadas para as locomotivas à vapor usadas na época. Mas em 1844 ele apresentou um plano de superação do Semmering que previa a utilização de novas locomotivas à vapor convencionais com acionamento por adesão, sem a utilização de cremalheiras ou cabos. A Ferrovia Semmering, construída ao longo de 41 km de altas montanhas entre 1848 e 1854, é um dos maiores feitos da engenharia civil desta fase pioneira da construção ferroviária. O alto padrão dos túneis, viadutos e demais obras garantiu a continuidade do uso da linha até os dias atuais. O viaduto retratado no reverso é o Kalte Rinne, o mais alto dentre os vários construídos nesta ferrovia.

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