A deusa protetora que se doava pelo bem das pessoas e pela manutenção da vida após a morte.
A deusa Ísis, cuja estátua está retratada nesta cédula, faz parte do panteão egípcio de deuses e deusas adorados no Antigo Egito. Os egípcios cultuavam divindades que representavam forças e fenômenos naturais, realizando sacrifícios e rituais para apaziguá-las, garantindo que essas forças continuassem funcionando de acordo com a ordem divina ou conforme a “maat”, um conceito, personificado por uma deusa de mesmo nome, que representa a verdade, equilíbrio, ordem, harmonia, lei, moralidade e justiça. Em épocas diferentes, várias divindades ocuparam a posição mais elevada na sociedade divina, incluindo Rá, uma divindade solar, Amon, um deus misterioso, e Ísis, uma deusa mãe. Ísis foi mencionada pela primeira vez no Império Antigo como uma das personagens principais do mito de Osíris, em que ressuscita seu marido, o rei Osíris, e produz e protege seu herdeiro, Hórus. Acreditava-se que Ísis ajudava os mortos a entrarem no pós-vida da mesma forma que tinha feito com Osíris, também sendo considerada como a mãe divina do faraó, que por sua vez estava ligado a Hórus. Durante o Reino Ptolemaico, quando o Egito foi governado e colonizado por gregos, Ísis passou a ser venerada pelos egípcios e gregos junto com um novo deus, Serápis. Esta adoração espalhou-se pelo mundo Mediterrâneo. A cultura helenística foi absorvida por Roma no século I a.C. e o culto a Ísis tornou-se parte da religião romana. Seus devotos eram pequenos em proporção dentro da população do Império Romano, porém eram encontrados por todo seu território. A veneração a Ísis acabou com a ascensão do cristianismo no decorrer dos séculos IV e V. É possível que sua adoração tenha influenciado algumas práticas e crenças do cristianismo, como por exemplo a veneração de Maria, porém as evidências para isso são ambíguas e frequentemente controversas. Ísis continua a aparecer na cultura ocidental, particularmente no esoterismo e neopaganismo, frequentemente como a personificação da natureza ou como o aspecto feminino do divino.
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