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awada

20 Dinars – 2009 – Líbia

O maior “rio artificial” do mundo que atravessa o inóspito deserto do Saara.




O Oriente Médio e o Norte de África são bem conhecidos pela sua grave escassez de água. A falta de recursos hídricos da região é o resultado de muitos fatores, incluindo o clima rigoroso, o calor intenso, as elevadas taxas de evaporação e o aumento do crescimento populacional. A Líbia não é exceção a este respeito. De acordo com o World Resources Institute, ela ocupa o 6º lugar entre os principais países do mundo que enfrentam um stress hídrico “de caráter extremamente elevado”. A Líbia não tem reservas naturais de água, como rios, e por isso depende fortemente dos aquíferos subterrâneos. A descoberta de petróleo na década de 1950, conhecido como ouro negro da Líbia, também levou à descoberta de grandes aquíferos de água. O desenvolvimento da indústria petrolífera criou uma enorme oportunidade para o país — e para a sua crescente população — lucrar com a exportação de recursos de hidrocarbonetos. Isto levou a uma sobre-exploração dos recursos naturais que o antigo regime líbio sob Muammar Gaddafi justificou ao promover propaganda sobre a abundância de recursos, sugerindo que os aquíferos subterrâneos do país garantiriam um fornecimento contínuo de água num futuro distante. Desta forma nasceu o “Great Man-Made River Project” (Projeto do Grande Rio Artificial), um enorme projeto de engenharia civil concebido para transportar água através de uma rede de tubulações subterrâneas desde aquíferos profundos no sul da Líbia até as cidades costeiras do norte. Estas cidades acolhem a grande maioria da população do país: 78,2% dos líbios viviam em áreas urbanas, ou 5,38 milhões de pessoas de um total de 6,8 milhões em 2020. O desenho esquemático do projeto está retratado na cédula acima e ele é considerado um dos maiores projetos de irrigação do mundo, ao fornecer água para toda a Líbia através de uma rede de dutos subterrâneos com 2.820 quilômetros de extensão. Apesar de ter sido lançado em 1983 e de estar parcialmente em operação, ainda em 2023 as fases finais do projeto não estavam finalizadas.

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