Pedro II da Iugoslávia. Um rei que nunca chegou de fato a governar o seu país.

Pedro II Karađorđević (1923-1970) foi o último rei da Iugoslávia, filho de Alexandre I e Maria da Romênia. Pedro foi educado no palácio real britânico, mas deixou a Inglaterra em 1934, aos 11 anos, por conta do assassinato de seu pai na França. O jovem príncipe assumiu o trono, mas por conta de sua idade estabeleceu-se uma regência, e seu primo Paulo assumiu o controle do país como príncipe-regente até que o herdeiro direto atingisse a maioridade. Apesar de Pedro II e seus conselheiros serem contra a guerra que se iniciava, e especialmente contra os nazistas, seu primo Paulo, ainda como príncipe-regente, decidiu que a Iugoslávia assinaria o Pacto do Eixo, representados pela Alemanha nazista, a Itália fascista e o Império do Japão. O príncipe-regente foi deposto no dia 27 de março de 1941, dois dias depois de assinar o pacto. O golpe de estado foi conduzido por lideranças políticas e setores do exército, apoiados pelas manifestações populares na Sérvia (na época parte integrante da Iugoslávia) e pela diplomacia britânica. No mesmo dia, Adolf Hitler ordenou a ocupação e punição da Iugoslávia. A cidade de Belgrado foi bombardeada de surpresa no dia 6 de abril de 1941, matando 2,7 mil pessoas em apenas um dia. Com a libertação da Iugoslávia, conduzida pelos partisans de Josip Broz Tito, e a instauração de uma ditadura comunista, Pedro II foi deposto, mas recusou-se a abdicar do cargo e se exilou nos Estados Unidos após o término da Segunda Guerra Mundial. Lá permaneceu até sua morte em 1970 após um transplante de fígado malsucedido feito para curar uma cirrose aguda. Ele foi o único monarca europeu enterrado nos Estados Unidos e por lá ficou até 2013, quando seus restos mortais foram repatriados para Belgrado, capital da atual Sérvia.