A difícil convivência entre sérvios (cristãos ortodoxos), croatas (católicos) e bósnios (mulçumanos).
Krajina, um topônimo eslavo que significa "fronteira", deu nome a uma efêmera república denominada República Sérvia de Krajina, que existiu, embora não reconhecida, entre 1991 e 1995. Ela situava-se ao longo da fronteira entre as atuais Croácia e Bósnia e Herzegovina e sua história está diretamente vinculada ao processo de desintegração da Iugoslávia. Em 1990, o então presidente iugoslavo Slobodan Milosevic lançou o projeto "Grande Sérvia", que uniria todos os sérvios em um só Estado. Os sérvios da região de Krajina, estimulados por Milosevic, iniciaram seu próprio processo de autoproclamação, que culminou com a criação da Região Autônoma Sérvia de Krajina em 1991 e que ainda anunciava a intenção de se separar da Croácia caso esta declarasse sua independência da Iugoslávia. No mesmo ano os sérvios de Krajina e da Região Autônoma Sérvia da Eslavônia decidiram pela independência do controle croata, mas dentro da República da Iugoslávia. Não houve reconhecimento internacional e logo tropas iugoslavas foram enviadas à região, dando início aos primeiros confrontos entre sérvios e croatas pela hegemonia destas regiões. Ainda no mesmo ano a Croácia proclamou sua independência da Iugoslávia e foi reconhecida pela Comunidade Europeia. Após anos de conflitos, em 1995 o exército croata lançou a "Operação Tempestade", com a qual reconquistou grande parcela da República Sérvia de Krajina e que resultou na expulsão de milhares de sérvios que viviam na região. No final daquele ano foi assinado um acordo de paz (Acordo de Dayton ou Protocolo de Paris) para o conflito entre sérvios e croatas que persistia na Bósnia e Herzegovina, o qual entre outras medidas confirmava o direito de regresso de todos os refugiados sérvios de Krajina a suas casas e a reintegração pacífica da Eslavônia Oriental à Croácia. Como percebe-se pela cédula acima de 20 milhões de dinaras, a natural superinflação em tempos de guerra atingiu Krajina de forma avassaladora. Ocorreram quatro emissões entre 1992 e 1994, num total de 37 cédulas, sendo a menor de denominação de 10 dinaras e a maior de 50 bilhões de dinaras.
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