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2.1/2 Angolares – 1926 – Angola

Paulo Dias de Novais. O primeiro governador donatário de Angola.


Paulo Dias de Novais (c.1510-1589) foi um fidalgo da Casa Real de Portugal e colonizador da África no século XVI, tornando-se o primeiro governador e capitão-mor da Angola Portuguesa. Ele era neto de um dos mais célebres navegadores lusitanos – Bartolomeu Dias – o primeiro europeu a navegar para além do extremo sul da África, contornando o Cabo da Boa Esperança e chegando ao Oceano Índico a partir do Atlântico, permitindo desta forma chegar a Índia e demais regiões do Extremo Oriente e Sudeste Asiático sem ter que atravessar o Islã. Novais obteve em 1571 do rei D. Sebastião (1554-1578) uma “Carta de Doação” – um documento da Coroa Portuguesa pelo qual ela fazia a concessão de uma capitânia a um capitão donatário, estabelecendo os limites geográficos da capitânia e proibindo o comércio das suas terras, aceitando a transferência territorial apenas por hereditariedade. A Carta de Doação dava ainda jurisdição civil e criminal ao capitão donatário. Como capitão donatário, Novais tinha como obrigação expandir o território para o norte, para o sul e para o interior a partir do local onde ele criou a primeira cidade europeia da África Ocidental – São Paulo de Luanda, em 1576. Mais tarde a cidade passaria a ser chamada apenas de Luanda, e se tornaria a capital de Angola. Ele ainda devia construir igrejas, fortalezas e doar sesmarias para o assentamento de colonos. Em seu avanço para o interior através do curso do rio Cuanza, ele fundou em 1583 a vila de Nossa Senhora da Vitória de Massangano, junto com a Fortaleza de Massangano. Neste mesmo local ele morreu seis anos mais tarde e lá foi sepultado em um túmulo de pedra defronte da Igreja de Nossa Senhora da Vitória. Em 1609 suas cinzas foram transladadas para a Igreja dos Jesuítas em Luanda.

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