Sun Yat-sen e o 100º Aniversário da Fundação da República da China (1911 - 2011)
A Revolução Chinesa de 1911, também conhecida por Revolução Xinhai, foi uma revolta contra a dinastia Qing que encerrou 4.000 anos de domínio imperial. Surgiu em função da incapacidade do sistema vigente de modernizar a China e protegê-la contra os agressores estrangeiros que ameaçavam suas fronteiras. A revolução terminou com a abdicação de Xuantong Puyi, o último imperador, de seis anos de idade, em 12 de fevereiro de 1912. No século XIX, o Império Qing enfrentou várias nações estrangeiras agressivas. As Guerras do Ópio (1839-60) contra as potências ocidentais lideradas pela Grã-Bretanha levaram à perda de Hong Kong. Após sua derrota na Guerra Sino-Japonesa (1894-95), a China perdeu Taiwan e a Manchúria. A vitória japonesa na Guerra Russo-Japonesa (1904-05) estabeleceu firmemente o Japão como a nova potência na região, enfraquecendo ainda mais a Dinastia Qing. Isso estimulou o nacionalismo na China e ações como a descentralização do poder pelo Império Qing não alcançaram sua meta e chegaram tarde demais, levando à revolução. Um dos líderes da revolução foi Sun Yat-sen (1866-1925), que não apoiava a ideia de uma monarquia constitucional e liderou um grupo consolidado que formou a Aliança Revolucionária que defendia a substituição do governo imperial por um governo republicano. Sun Yat-sen foi posteriormente nomeado Presidente provisório da nova República da China e ficou conhecido como o "Pai da Nação". Ele é o único entre os políticos chineses do século XX a ser amplamente reverenciado em ambos os lados do Estreito de Taiwan, na República Popular da China e em Taiwan.
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