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100 Rials – 1976 – Irã

Atualizado: 28 de jun. de 2023

O fim da dinastia Pahlavi pró-ocidente e a ascensão dos aiatolás anti-ocidente.

Não é incomum vermos nas cédulas de banco retratos de governantes junto aos seus familiares. Isto ocorre muito, por exemplo, nas cédulas da Tailândia e do Butão, onde de forma recorrente a figura do rei aparece acompanhada de seus antecessores, da rainha, da rainha-mãe, dos príncipes herdeiros, etc... No caso desta cédula comemorativa dos 50 anos da Dinastia Pahlavi, foi a única vez onde pai e filho foram retratados juntos. Trata-se dos dois monarcas iranianos Reza Xá Pahlavi (1878-1944), que governou entre 1925 e 1941, e Mohammad Reza Xá Pahlavi (1919-1980), que governou de 1941 até 1979. A ascensão de Reza Xá deu origem ao Irã moderno, que na época ainda era chamado de Pérsia, até que ele ordenou que os diplomatas estrangeiros deixassem de usar esse nome. Ele chegou ao poder em 1925 governando como um autocrata absoluto, e usou os impostos e as receitas provenientes do petróleo para modernizar a nação. Suas decisões ecoam até hoje, particularmente seu decreto de 1936 que proibiu o uso pelas mulheres das longas vestes negras conhecidas como chadors e a liberação dos cabelos descobertos. Ele também ordenou que os homens usassem roupas ocidentais, medida que não agradou a todos. A neutralidade do Irã na Segunda Guerra Mundial não foi suficiente para dissipar os temores dos aliados do fornecimento de petróleo iraniano aos nazistas. Isto fez com que os britânicos e russos invadissem o Irã em 1941 e o forçaram a abdicar a favor de seu filho. Como governante, após a guerra Mohammad Reza Xá Pahlavi deu início à Revolução Branca, uma série de reformas econômicas, sociais e políticas com a intenção declarada de transformar o Irã em uma potência global, modernizando a nação, estatizando determinadas indústrias e concedendo o direito de voto às mulheres. Mas no fim estas ações foram o estopim para a criação de um forte movimento de oposição liderada pelo clero fundamentalista e anti-ocidental. Em 1979, a agitação política culminou com uma revolução que o obrigou a deixar o Irã. Logo depois, a monarquia iraniana foi formalmente abolida e o Irã foi declarado uma república islâmica liderada por Ruhollah Khomeini (1902-1989). Seu filho mais velho, Reza Pahlavi, vive atualmente nos Estados Unidos e de lá lidera um declarado governo no exílio.

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