Portão de Brandenburgo. Um símbolo da tumultuada história da Europa.
O Portão de Brandemburgo, retratado no reverso desta cédula, é um antigo portal da cidade de Berlim, reconstruído no final do século XVIII como um arco do triunfo neoclássico, e hoje um dos marcos mais conhecidos da Alemanha. Foi encomendado por Frederico Guilherme II da Prússia e construído por Carl Gotthard Langhans entre 1788 e 1791. A quadriga, uma biga puxada por quatro cavalos levando a deusa grega da paz Irene, foi instalada em 1793, mas permaneceu pouco tempo sobre o portão. Em outubro de 1806, tropas de Napoleão Bonaparte invadiram Berlim atravessando o Portão de Brandenburgo, e em dezembro do mesmo ano, para simbolizar a dominação francesa, Bonaparte mandou a quadriga para Paris. Ela apenas retornou a Berlim em 1814, após a Guerra da Libertação, e segundo a vontade de Frederico Guilherme III, então rei da Prússia, a quadriga recebeu uma cruz de ferro e uma águia prussiana, passando a simbolizar a vitória na guerra, quando antes era um símbolo da paz. Tendo sofrido danos consideráveis durante a Segunda Grande Guerra, em 1950, com o Portão de Brandemburgo no limite entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental, a quadriga foi retirada mais uma vez, desta vez pelas autoridades soviéticas, e praticamente destruída. Em 1958 uma nova quadriga foi refundida e instalada no portão, entretanto, para ira do lado ocidental, o lado oriental instalou o monumento na posição invertida. Os cavalos, que antes galopavam em direção a Berlim Ocidental, foram postos de frente para a Pariser Platz do lado oriental. A inversão gerou atritos entre ambos os lados, mas assim permaneceu. Durante a partição da Alemanha no pós-guerra, o Portão de Brandemburgo permaneceu isolado e inacessível bem ao lado do Muro de Berlim, e a área ao seu redor foi a que mais se destacou na cobertura pela mídia internacional durante a queda do Muro em 1989.
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