Franco CFA. Um símbolo do colonialismo europeu ainda hoje presente no dinheiro de várias nações africanas.
O franco CFA, que originalmente significava "franco das Colônias Francesas da África", foi instituído em 26 de dezembro de 1945, dia em que a França ratificou os acordos de Bretton Woods após o fim da Segunda Guerra Mundial, o qual estabeleceu as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo e criou o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional. Posteriormente, com a independência destes países africanos a partir da década de 1960, o franco CFA passou a ser denominado "franco da Comunidade Financeira Africana". São duas as instituições monetárias responsáveis por sua emissão - o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) e o Banco Central dos Estados da África Central (BCEAC). O primeiro atende aos oitos membros da União Monetária da África Ocidental (Benin, Burquina Faso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo) e o segundo os seis membros da União Monetária dos Estados da África Central (Camarões, República do Congo, República Centro-Africana, Gabão, Guiné Equatorial e Chade). Embora o franco CFA ocidental tenha o mesmo valor monetário que o franco CFA central, suas moedas não são intercambiáveis. A cédula mostrada acima faz parte da primeira emissão do CFA ocidental, que ocorreu entre 1958 e 1959, quando ainda não possuía a letra código do país membro. As emissões posteriores foram individualizadas, com cada país membro tendo sua respectiva letra código. No entanto, como um símbolo ainda hoje presente na maioria dos países da África Ocidental do legado do colonialismo francês (exceção feita a Guiné-Bissau, uma ex-colônia portuguesa), há uma tendência no curto prazo do franco CFA ser rebatizado como Eco, parte de um processo para a Comunidade da África Ocidental obter completa independência fiscal e monetária da França.
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