Duque de Sully, um homem odiado pela maioria dos franceses de sua época.
Maximilien de Béthune (1560-1641) foi um francês de vários títulos. Ficou mais conhecido na história como duque de Sully, mas também carregou em vida os títulos de barão de Rosny, de Henrichemont e de Boisbelle, marquês de Nogent-le-Rotrou, conde de Muret e de Villebon, visconde de Meaux e, finalmente, Marechal da França. Ele foi um dos líderes da facção religiosa dos huguenotes - como eram chamados os protestantes franceses durante as guerras religiosas na França na segunda metade do século XVI - e braço direito do rei Henrique IV (1553-1610) de França. Em função disso tudo ele era tanto odiado pela maioria dos católicos romanos franceses, porque era um protestante, como pela maioria dos protestantes, porque era fiel a um rei que havia se tornado católico romano apenas para poder assumir o trono. E na corte ele era odiado por todos, porque era um dos favoritos do rei, além de ser citado por seus contemporâneos como egoísta, obstinado e rude. No entanto ele era um excelente homem de negócios, e se opôs às ruinosas despesas com as cortes, que eram a perdição de quase todas as monarquias europeias naqueles tempos, além de ter sido capaz em dissipar o caos em que as guerras religiosas e civis tinham mergulhado a França. As guerras religiosas na França começaram com um massacre de 63 huguenotes em 1562 e 10 anos depois chegaram ao massacre da “Noite de São Bartolomeu” em Paris, onde há estimativas que vão de 5 a 30 mil mortos, sendo Sully um dos sobreviventes. Este foi o pior massacre religioso do século XVI e que imprimiu nas mentes protestantes da Europa a indelével convicção que o catolicismo era uma religião sanguinária e traiçoeira. As guerras religiosas tiveram fim em 1598, quando o rei Henrique IV emitiu o Édito de Nantes, dando aos protestantes liberdade religiosa e direitos idênticos aos dos católicos.
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