Muito dinheiro não torna uma pessoa necessariamente rica. No Zimbábue, você poderia facilmente encontrar um trilionário em apuros!
Devido a estrondosa hiperinflação de 2008 no Zimbábue, o seu Banco Central emitiu cédulas com valores nominais de trilhões de dólares. Sim, é isso mesmo, na sua maior denominação o número 1 seguido de 14 zeros. Todas as compras do dia a dia, como comida e bebidas, custavam aos zimbabuenses bilhões de dólares. Em 2008, um simples pão chegava a custar algo em torno de 300 bilhões de dólares. Esta situação revoltou a população e levou a greves e tumultos nas ruas. Consequentemente foi feita uma reforma monetária e estas cédulas foram retiradas de circulação em 2009 e agora são itens populares entre colecionadores ao redor do mundo. As rochas empilhadas e em perfeito equilíbrio representadas no anverso destas e de inúmeras outras cédulas do Zimbábue, conhecidas como rochas Chiremba, são uma característica geológica encontrada em muitos lugares do Zimbábue. Elas foram escolhidas como uma metáfora para associar o desenvolvimento com a proteção ambiental após o país obter a sua independência do Reino Unido em 1975 na então chamada Rodésia, governada por brancos, e reconhecida como Zimbábue em 1980. Mas pelo que parece este equilíbrio não se reproduziu nas finanças do país na época em que estas cédulas foram emitidas. Dados governamentais de junho de 2007 apontaram uma inflação de 4.500%, embora especialistas afirmem que ela chegou a aproximadamente 100.000%. Em julho de 2008 a inflação oficial chegou a 2.200.000% ao ano, mas estatísticas extraoficiais indicavam uma inflação real de 9.000.000% ao ano. Finalmente em 2009, a inflação chegou aos exorbitantes níveis de 98% ao dia.
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