A primeira cédula do mundo fabricada com a preocupação da redução dos impactos ambientais.

Esta cédula emitida para comemorar a realização da edição 2019 dos Jogos do Pacífico em Samoa, na Polinésia, foi uma das nomeadas pela Sociedade Internacional de Cédulas de Banco (IBNS em inglês) como as mais belas cédulas do ano. Ela retrata crianças jogando rúgbi na praia com um coco e atletas adultos competindo nas categorias de remo e levantamento de peso, todos eles esportes tradicionais de Samoa. Mas o que mais chama a atenção é que ela é considerada a primeira cédula do mundo produzida livre de emissões de carbono de acordo com o Banco Central de Samoa e a empresa britânica De La Rue, que desenhou e fabricou a cédula em questão. As emissões contabilizadas na sua produção foram compensadas pela compra por parte do Banco Central de créditos de carbono, que são certificados emitidos por pessoas ou empresas que reduziram a sua emissão de gases do efeito estufa. Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono, sendo que este crédito pode ser negociado no mercado internacional. Outros gases igualmente geradores do efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de equivalência em dióxido de carbono. A cédula "livre de carbono" foi emitida em um cenário de crescente preocupação com as mudanças climáticas, tanto em Samoa como no resto do mundo. Por viver em um pequeno país formado por duas ilhas principais, os samoanos estão cada vez mais expostos aos danos causados por eventos climáticos extremos, além das ameaças do aumento do nível dos oceanos e dos desastres naturais relacionados ao clima. Para Samoa em especial, assim como para todas as populações das ilhas do Pacífico, isto de fato representa uma ameaça existencial.