Que fim levou a única cédula brasileira feita de plástico?
A cédula de polímero de dez reais foi lançada em 2000 em comemoração aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Ela foi desenhada para ter diversas referências à data comemorativa, como a imagem de Pedro Álvares Cabral; o mapa "Terra Brasilis", uma das primeiras representações da nova terra; um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, o primeiro documento a descrever as características do lugar e da sua gente; uma rosa dos ventos, o instrumento de navegação da cartografia portuguesa do século XVI; e ainda a representação de três das naus da expedição de Cabral. O reverso, com os seus 12 recursos de segurança, dividem espaço com uma versão estilizada do mapa do Brasil, formada por quadros contendo fisionomias típicas do povo brasileiro – o índio, o branco, o negro e o mestiço – retratando uma característica marcante do Brasil contemporâneo – sua pluralidade étnica e cultural. Foi a promessa de uma cédula mais segura e durável que fez com que o Banco Central optasse pela versão de plástico. Ele prometia aumentar em até quatro vezes a vida útil da cédula em relação a cédula de papel, além de ser mais difícil de ser falsificada. Por outro lado, a tecnologia para a sua produção pela Casa da Moeda teve que ser comprada da Austrália, resultando em um custo de produção 59% maior do que as cédulas de papel. Sendo assim, somente 125 milhões delas foram disponibilizadas para circulação pelo Banco Central. Ou seja, uma edição limitada. Mas pouco tempo depois delas serem postas em circulação, as cédulas começaram a perder a tinta e ficaram com uma aparência de cédulas completamente gastas, até porque não houve qualquer reposição. Provavelmente, estes foram os motivos pelos quais as antigas cédulas de 10 reais entraram em extinção, já que tiveram uma edição limitada e tomaram um rumo completamente inesperado em relação ao seu objetivo.
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