O autor dos textos literários mais complexos de todos os tempos.


James Joyce (1882-1941), romancista, contista e poeta irlandês, é amplamente considerado um dos maiores escritores do século XX. Seria, portanto, de se esperar, que suas obras fossem de leitura simples e acessível, mas, ao fazermos uma breve consulta na internet sobre ele e suas obras, nos deparamos com incontáveis títulos como "James Joyce, ler ou não ler?", "Há livros impossíveis de ler sem ajuda de outros textos" e por aí vai. Sua obra mais famosa, Ulisses, já era considerada difícil para um leitor de 1922 quando foi publicado e assim permanece para um leitor dos dias de hoje, com o agravante de que certas referências que poderiam fazer sentido para alguém que vivia na primeira metade do século XX se tornaram obscuras e inacessíveis para o público de hoje. Na época de sua publicação, o próprio Joyce se viu obrigado a dar dicas para a sua leitura, embora elas mesmas foram consideradas um tanto codificadas. A própria tradução para o português da Companhia das Letras feita pelo escritor e tradutor brasileiro Caetano Galindo veio junto com um "guia de leitura" para ajudar aos desavisados que fossem encarar esta empreitada. Some-se a isso o fato de Ulisses em português ter nada menos que 1112 páginas. Outro excelente exercício mental é ler a obra Finnegans Wake (1939), obra que levou 16 anos para ser escrita e na qual Joyce criou uma série de neologismos, ou seja, palavras novas, sendo que uma tornou-se famosa em uma área totalmente diversa da literatura. Ela veio da frase "Three quarks for Muster Mark" (Três quarks para o Mestre Mark), onde a palavra quark foi utilizada por sugestão do físico norte-americano Murray Gell-Mann em 1964 para dar nome a uma das partículas elementares do Modelo Padrão da Física de Partículas.
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