"É melhor morrer de pé do que viver de joelhos." (Emiliano Zapata)
Emiliano Zapata (1879-1919), retratado em ambos os lados desta cédula, foi um lavrador mexicano que se tornou revolucionário no início do século XX para lutar contra o domínio dos grandes proprietários de terras apoiados pelo então presidente Porfírio Dias, ditador do México por quase 30 anos. Após várias tentativas de negociação, Zapata por fim abandonou as reivindicações pacíficas pelos títulos de propriedade dos agricultores e tomou a decisão de formar um exército e dar início a luta armada, criando o Exército de Libertação do Sul e desencadeando a Revolução Mexicana de 1910, que culminou com a queda e fuga de Porfírio Dias para os Estados Unidos. Seguiram-se outros presidentes, mas as promessas de restituição das terras aos camponeses nunca foram cumpridas, o que fez Zapata manter a luta armada contra os novos regimes. Em abril de 1919 Zapata foi assassinado em uma emboscada no povoado de Chinameca. Seu corpo foi exposto em praça pública, mas os camponeses continuaram a acreditar que seu herói ainda vivia nas montanhas e que sempre que fosse necessário retornaria. Com a sua morte, o Exército de Libertação do Sul começou a se desfazer e o movimento zapatista perdeu força. Porém, mesmo morto, suas ideias continuaram vivas e ainda hoje Zapata é um símbolo para a reforma agrária, para a luta pela terra e inspiração para movimentos sociais não só no México, onde evidentemente sua influência é maior, mas também em outros países. Sua trajetória foi retratada em diversos filmes, sendo o mais famoso o clássico de 1952 estrelado por Marlon Brando e chamado Viva Zapata!
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