Ilhas Faroe: Da Solidão dos Monges Celtas à Chegada dos Vikings.

As Ilhas Faroe foram possivelmente descobertas por monges celtas irlandeses por volta do século VI ou VII. Há relatos de monges eremitas que navegavam em busca de isolamento religioso, e eles podem ter sido os primeiros habitantes das ilhas. Apesar desses monges terem deixado poucos vestígios, fontes histórias como o texto medieval “Navigatio Sancti Brendani” (A Viagem de São Brandão) mencionam terras remotas no Atlântico que podem se referir às Faroe. Por volta do final do século VIII e início do século IX, os Vikings, principalmente da Noruega, começaram a colonizar as ilhas. Eles estabeleceram assentamentos permanentes e trouxeram sua língua, cultura e práticas agrícolas. A localização estratégica das ilhas no Atlântico Norte as tornou um ponto intermediário nas viagens entre a Escandinávia, a Islândia e a Groelândia. Durante a Idade Média, as ilhas ficaram sob o controle do Reino da Noruega, que mais tarde formou uma união com a Dinamarca. Em 1814, após o Tratado de Kiel, as Faroe permaneceram como parte da Dinamarca, enquanto a Noruega se uniu à Suécia. Hoje as Ilhas Faroe são uma região autônoma do Reino da Dinamarca. O governo local (Løgting) controla quase todas as áreas políticas, exceto defesa, política externa e questões monetárias, que ainda são administradas pela Dinamarca. Diferentemente da Dinamarca, as Ilhas Faroe optaram por não fazer parte da União Europeia, o que lhe permite maior controle sobre seus recursos, especialmente os pesqueiros que são a base da economia local. Embora a relação atual com a Dinamarca seja geralmente amigável, há movimentos políticos locais que defendem uma maior independência ou a soberania total das ilhas. Em 1875 a coroa dinamarquesa passou a ser a moeda local, mas durante a Segunda Guerra Mundial as Ilhas Faroe foram ocupadas pelo Reino Unido enquanto a Dinamarca estava sob ocupação nazista. Essa separação temporária dificultou a chegada de moeda da Dinamarca fazendo com que as autoridades da ilha emitissem a versão local da coroa dinamarquesa, que permaneceu em uso após o fim da guerra. Hoje, a moeda oficial das Ilhas Faroe é a coroa feroesa, que tem as mesmas taxas de câmbio e valor que a coroa dinamarquesa, mas com designs específicos para o arquipélago.