O que para Euler foi apenas um passatempo, hoje tem um papel decisivo no mundo em que vivemos.
Desde criança Leonhard Euler (1707-1783) fazia cálculos sem qualquer esforço aparente. Mas o pai de Euler, que era sacerdote, queria que o filho seguisse seus passos. O tutor de Euler convenceu seu pai a permitir que ele estudasse matemática em vez de teologia. Quando trabalhava em São Petersburgo, o matemático suíço tomou conhecimento do enigma das sete pontes de Königsberg. A cidade prussiana de Königsberg estava dividida em quatro distintas regiões banhadas pelo rio Pregel. Sete pontes conectavam essas quatro áreas e, na época de Euler, um passatempo comum entre os residentes era tentar encontrar uma maneira de cruzar todas as pontes apenas uma vez e voltar ao ponto de partida. Euler percebeu que para descobrir se isto era possível, a resposta estaria na geometria de posição. O que importava era ver como as coisas estavam conectadas. Euler pensou nas diferentes regiões de terra separadas pelo rio como pontos, e as pontes que as uniam, como linhas conectando os pontos. Descobriu que para uma viagem de ida e volta sem passar pelo mesmo caminho ser possível, cada ponto, com exceção dos ponto de partida e final, devia haver um número par de linhas entrando e saindo dele. Quando analisou o mapa das sete pontes dessa maneira, o matemático descobriu que havia um número ímpar de linhas ou pontes que emergiam delas. Assim, sem ter que sair do lugar, Euler descobriu matematicamente que era impossível andar pela cidade cruzando uma ponte de cada vez e retornar ao ponto de saída. A solução matemática do enigma hoje impulsiona uma das redes mais importantes do século XXI - a internet. A conexão entre um computador e um site na internet está fundamentada nas regras do trabalho que Euler desenvolveu no século XVIII, ao resolver o enigma das pontes de Königsberg. O enigma das pontes estava longe de ser um problema urgente naquela época - era mais uma curiosidade - mas sua solução perdurou e revolucionou a era da informação do século XXI.
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