Como um crime de falsificação levou ao surgimento da cédula de polímero.
A falsificação de dinheiro é quase tão antiga quanto o próprio dinheiro. Quando as cédulas foram emitidas pela primeira vez na Europa no século XVII, elas eram grosseiras e facilmente duplicadas. Alguns historiadores acreditam que as falsificações em circulação superavam as cédulas reais. Apesar da contínua introdução de tecnologias contra a falsificação, quando a cédula em papel-moeda acima foi lançada em 1966, a Austrália não pode evitar a ação dos falsários. Nos anos seguintes ao seu lançamento, centenas de milhares de dólares australianos falsos estavam em circulação. Apesar de todos os recursos de segurança incorporados nas cédulas reais, a confiança no novo dinheiro da Austrália estava sendo minada. E isso não foi obra de um criminoso sofisticado, mas de um grupo de falsários que incluía um lojista, um artista, um fotógrafo e um alfaiate, financiados por um criminoso de carreira. Com uma impressora colorida, uma câmera fotográfica e papel comum, o fotógrafo tirou fotos de uma nota genuína, o artista desenhou a marca d'água e o alfaiate fez um treinamento de tipógrafo de uma semana e com o lojista deu início a impressão das cédulas falsas em uma garagem. Os falsários logo foram pegos pelas autoridades australianas, mas elas ficaram alarmadas com a facilidade com que eles conseguiram copiar a cédula de 10 dólares. Como resultado, em 1968, o Banco Central australiano desafiou uma equipe de especialistas a criar uma cédula mais segura. David Solomon, um químico, teve a ideia de criar uma cédula de polímero depois de receber um cartão de visita plástico de um professor japonês. Ele desenvolveu um substrato com um polímero exclusivo, onde várias camadas de filme sobrepostas permitiam a inclusão de modernos recursos de segurança, como imagens holográficas, difíceis de serem copiadas ou fotografadas. Desta forma em 1988 a Austrália lançou a primeira cédula em polímero do mundo. Hoje as cédulas de polímero são utilizadas em mais de 20 países, tão diversos como Canadá, Fiji, Ilhas Maurício, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Romênia e Vietnam. Alguns países levam em consideração não apenas os recursos de segurança que as cédulas de polímero possibilitam, mas também a valiosa redução do impacto ao Meio Ambiente proporcionado pela substituição do papel-moeda.
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