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awada

10/20/50 Kroner – 1976/80/82 – Dinamarca

As mulheres cada vez mais presentes nas cédulas de banco.


Campanhas nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido passaram desde a década passada a pedir que mais imagens de mulheres sejam estampadas em suas cédulas. Como resultado o Reino Unido em 2017 teve a cédula de 10 libras ilustrada com o rosto da escritora Jane Austen e o Canadá em 2018 teve sua primeira mulher solo (Viola Desmond) estampada na cédula de 10 dólares. Embora Canadá e Reino Unido tenham diversas cédulas com a figura da rainha Elizabeth, isto não representa a presença feminina, por ela ser retratada como monarca, e não por suas conquistas. Já os Estados Unidos alegam estarem estudando uma alteração na cédula de 20 dólares, tirando o retrato de um dono de escravos, Andrew Jackson, e substituindo-o pelo de uma ex-escrava e abolicionista, Harriet Tubman. Diversos países além destes citados acima já passaram por debates semelhantes. Afinal, quantas cédulas seriam necessárias para retratar as mulheres de forma igualitária, uma vez que a maioria dos países dão preferência a homenagens masculinas? Os dólares americanos retratam os fundadores dos Estados Unidos e seus ex-presidentes; o dinheiro chinês é ilustrado por Mao Tsé-Tung; o indiano por Mahatma Gandhi, os países africanos pelos seus presidentes de plantão, os países árabes pelos seus reis, sultões, aiatolás etc. Poucas cédulas desses países são estampadas com figuras femininas. Já os países europeus e centro e sul-americanos são mais profícuos neste item, embora de maneira ainda tímida. Uma boa solução veio da Austrália e Bangladesh, onde se buscou a igualdade de gênero colocando um homem e uma mulher em suas cédulas. E a mesma pergunta acima pode ser feita sobre a diversidade racial de um país. Poucos países encamparam a ideia, mas a Austrália, de novo, é uma exceção ao ilustrar uma de suas cédulas com um líder e inventor aborígene. Em vista das dificuldades de representar a totalidade de nuances de uma população em suas cédulas, a solução encontrada por muitos países foi drástica - nada de pessoas. O euro por exemplo - moeda comum de países com grandes diferenças entre seus povos, suas histórias, cultura e religião - são ilustradas com imagens estilizadas de janelas, arcos e pontes. Com certeza esta é uma alternativa mais diplomática, uma vez que é mais fácil escolher paisagens e estampas estilizadas a figuras históricas, muitas vezes controversas. Deve-se ainda considerar que qualquer pessoa que seja colocada em uma cédula, homem ou mulher, será elogiada por uns e criticada por outros. É o caso da atual cédula sueca com a figura da cantora Marta Birgit Nilsson retratada cantando uma ópera de Richard Wagner, cujo trabalho é às vezes associado ao nazismo. Um caso diferente da representatividade feminina é visto nas três cédulas acima. Estas mulheres não estão nelas por méritos próprios, mas sim como uma homenagem ao pintor dinamarquês Jens Juel (1745-1802) que as retratou. Nos anos 1700 ele tornou-se famoso não só como pintor de paisagens e pinturas de gênero, mas também como retratista. Ele pintou inúmeros retratos para a casa real do Reino da Dinamarca e Noruega, para a nobreza e para os ricos. De qualquer forma, os retratos escolhidos pelo Banco Nacional da Dinamarca foram todos femininos, o que certamente deu um toque mais elegante e menos caricato a suas cédulas.

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