top of page
awada

10/20/100 Tolarjev – 1992 – Eslovênia

A longa trajetória da Eslovênia até sua independência.


Ao longo da história a Eslovênia fez parte do Império Romano, do Império Bizantino, da República de Veneza, do Ducado de Carantânia (época da colonização eslava, povo que daria origem à Eslovênia), do Sacro Império Romano-Germânico, da Monarquia de Habsburgo, do Império Austro-Húngaro, do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (depois renomeado Reino da Iugoslávia) e por último da República Socialista Federativa da Iugoslávia. Mas para entender melhor a história da Eslovênia, é importante entender a região dos Bálcãs como um todo. A região dos Bálcãs sempre foi marcada por disputas de fronteira entre várias nações devido a diferenças étnicas, culturais e religiosas existentes. As disputas geopolíticas na região sempre foram polêmicas. A Europa possui três penínsulas: a Itálica (Itália, San Marino e Vaticano), a Ibérica (Portugal, Espanha, Andorra e Gibraltar) e a Balcânica (Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Kosovo, Montenegro, Macedônia do Norte, Turquia Europeia, Croácia, Sérvia, Eslovênia e Romênia). Habitada desde o período Neolítico, a região dos Bálcãs foi dominada pelos romanos a partir do século I a.C. Em 395 d.C., o Império Romano foi dividido em Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e Império Romano do Oriente, também conhecido como Império Bizantino, com capital em Constantinopla. Grande parte do território dos Bálcãs ficou dentro do Império Bizantino. A região dos Bálcãs funcionou como uma espécie de fronteira entre o Império Romano do Ocidente e do Oriente. Os sérvios, originalmente politeístas e situados no leste da região, foram convertidos ao cristianismo ortodoxo sob a influência de Constantinopla. Por outro lado, os croatas e eslovenos, originalmente politeístas, foram convertidos ao catolicismo. No século XIX, com o declínio do Império Otomano, os Bálcãs tornaram-se uma zona instável e disputada, com interesses de grandes potências como o Império Austro-Hungáro e o Império Russo, além das potências regionais da Bulgária e da Sérvia. Essas disputas territoriais perduraram até a Primeira Guerra Mundial. Após o fim da guerra e a queda dos impérios Otomano e Austro-Húngaro, com base no Tratado de Versalhes foi criado em 1918 o Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Em 1929 o nome foi alterado para Reino da Iugoslávia. O Reino foi invadido pelas potências do Eixo em 6 de abril de 1941. Em 1943, a resistência comunista iugoslava (os partisans) proclamou a República Democrática Federal da Iugoslávia. Em 1944, o rei Pedro II da Iugoslávia, então vivendo no exílio desde a invasão dos nazistas, reconheceu a nova república como um governo legítimo, mas a monarquia foi posteriormente abolida em novembro de 1945. A Iugoslávia foi renomeada como República Popular Federal da Iugoslávia em 1945, quando um governo comunista foi estabelecido. O líder partisan Josip Broz Tito governou o país desde 1944 como primeiro-ministro e mais tarde como presidente até sua morte em 1980. Em 1963, o país foi renomeado pela última vez como República Socialista Federativa da Iugoslávia (RSFI). As seis repúblicas constituintes que compunham a RSFI eram as repúblicas socialistas da Bósnia e Herzegovina, Croácia, Macedônia, Montenegro, Sérvia e Eslovênia. Após uma crise econômica e política na década de 1980 e o aumento do nacionalismo e dos conflitos étnicos, a RSFI dividiu-se ao longo das fronteiras das suas repúblicas, levando à Guerra Civil Iugoslava. Finalmente, entre 26 de junho e 5 de julho de 1991, ocorreu a Guerra dos Dez Dias (também conhecida como Guerra da Independência Eslovena) entre a Eslovênia e o que ainda restava da Federação Iugoslava. As forças eslovenas obtiveram controle efetivo de todas as passagens de fronteira do país, resultando no fim da guerra através do Acordo de Brioni, e sendo reconhecida pela União Europeia ainda em 1991, a qual aderiu oficialmente em 2004. As três cédulas acima fazem parte da primeira emissão do Banco da Eslovênia em 1992. Em 2007 a Eslovênia aderiu ao euro.

0 visualização0 comentário

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page