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500/10.000 Francs – 1974-84/1991 - 500 Francs – 1994 - Estados Centro-Africanos (Camarões)

Atualizado: 29 de jun. de 2023

O país que possui diversos títulos no futebol, mas também é campeão na corrupção.

Exploradores portugueses chegaram ao litoral do atual Camarões no século XV para estabelecer entrepostos de onde os escravos seriam vendidos para o Novo Mundo e chamaram a área de Rio dos Camarões em função da abundância deste crustáceo em suas águas. A região foi elevada à categoria de colônia alemã em 1884, passando então a ser chamada "Kamerun". Após a Primeira Guerra Mundial, os alemães foram expulsos pelas tropas francesas e britânicas, que em 1919 dividiram o território entre elas. Em 1922, os dois Camarões ficaram subordinados à Liga das Nações, que manteve a França e o Reino Unido como administradores das suas respectivas áreas. Em 1960, a parte de Camarões administrada pelos franceses tornou-se independente sob o nome de República dos Camarões e em 1961 a parte sul do Camarões Britânico, após um plebiscito, fundiu-se com a República do Camarões para formar uma república presidencialista. A parte norte do Camarões Britânico por sua vez optou por se unir a Nigéria, uma ex-colônia britânica que obteve sua independência em 1960. Apesar da relativa estabilidade política e social que permitiu o desenvolvimento do país, um grande número de camaroneses vivem na pobreza como agricultores de subsistência. As duas primeiras cédulas foram emitidas pelo Banco Central dos Estados da África Central nominalmente em nome de Camarões, enquanto a terceira não é nominal. O que a identifica como sendo para circular no Camarões é a letra “E” gravada no seu anverso. O Banco Central dos Estados da África Central serve a seis países da região (Camarões, República Centro-Africana, Chade, Guiné Equatorial, Gabão e República do Congo), os quais formam a Comunidade Monetária e Econômica da África Central. Esta comunidade foi fundada em 1981 e tornou-se operacional em 1985, sendo seus objetivos a promoção, cooperação e o desenvolvimento autossustentável, com particular ênfase na estabilidade econômica e melhoria na qualidade de vida da população na região. Hoje Camarões é lembrado internacionalmente pelo retrospecto positivo de sua seleção de futebol e de suas celebridades que atuaram ou atuam no futebol europeu, como Roger Milla, Samuel Eto’o e outros. Foram quatro títulos continentais na África, uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2000 e um sétimo lugar na Copa do Mundo de 1990. Mas infelizmente Camarões também é célebre quando o assunto é corrupção. O Camarões ficou por duas vezes nos anos 90 com a taça de nação mais corrupta do mundo segundo o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) da organização Transparência Internacional e o craque da seleção foi o presidente Paul Biya, que está no poder desde 1982, integrando também a gloriosa seleção africana de ditadores. O IPC é a referência mais utilizada no planeta por tomadores de decisão dos setores público e privado para avaliação de riscos e planejamento de suas ações. Em uma escala para medir a corrupção que vai de zero (muita corrupção) à cem (pouca corrupção), o IPC de Camarões nos últimos anos vem obtendo alguma melhora. Em 2021 seu IPC foi igual a 27 e ocupou a 144ª posição do ranking de um total de 180 nações avaliadas, estando a última (e pior) colocação com o Sudão do Sul com um IPC igual a 11 e a primeira (e melhor) colocação com a Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, com um IPC igual a 88. O Brasil também não vai muito bem neste ranking. Em 2021 ocupou a 96ª posição com um IPC igual à 38 e ano a ano vem piorando este índice.

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