Ruminawi e a história de um tesouro mítico localizado em um ponto inacessível dos Andes.
Ruminawi (?-1535) foi um guerreiro inca durante a Guerra Civil que irrompeu quando os dois meio-irmão Atahualpa e Huáscar lutaram pela sucessão ao trono do Império Inca. Na língua quíchua, seu nome significa "rosto de pedra" e ele o ganhou após se tornar um importante líder militar do seu povo. Quando o conquistador espanhol Francisco Pizarro aprisionou Atahualpa na cidade de Cajamarca no atual Peru, Ruminawi partiu para lá com uma enorme quantidade de ouro para o seu resgate. Mas após saber que os espanhóis haviam executado Atahualpa, Ruminawi voltou para Quito e ordenou que o tesouro, uma enorme quantidade de artefatos de ouro, prata, platina e electrum (uma liga de ouro e prata), fossem levados para as profundezas da cordilheira dos Llanganates no Equador e atirados em um lago ou enterrados na neve. O conquistador Sebastian de Benalcazar foi enviado para Quito com a tarefa de descobrir estes tesouros. Os exércitos de Ruminawi e Benalcazar se encontraram na Batalha de Monte Chimborazo, onde Ruminawi foi derrotado. Entretanto, antes das forças espanholas capturarem Quito, seus tesouros também já haviam sido escondidos. Para evitar que os soldados espanhóis saqueassem a cidade, Ruminawi ordenou que ela fosse queimada. Ele também ordenou que as sacerdotisas do templo que se recusassem a fugir fossem mortas, para não serem capturadas e estrupadas pelos soldados espanhóis. No fim Ruminawi foi capturado, torturado e morto, mas nunca revelou aos espanhóis a localização dos tesouros escondidos, dando início a uma caça ao tesouro que perdura até os dias de hoje.
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