Hernán Cortés e Francisco Pizarro. Conquistadores ou destruidores de civilizações?
Após Colombo descobrir e explorar o Novo Mundo, vários outros conquistadores se aventuraram nestas novas e remotas terras em busca de riquezas e poder. Mas estas terras eram habitadas por povos desconhecidos dos europeus que não estavam dispostos a se submeter ao seu controle, pois sequer compreendiam o que aqueles homens vindos do mar estavam fazendo ali. Hernán Cortés (1485-1547), o conquistador do Império Asteca, e Francisco Pizarro (1478-1541), o conquistador do Império Inca, ambos reverenciados nesta cédula, certamente se tornaram os mais conhecidos protagonistas das expedições espanholas durante o período de expansão marítima. Conquistadores, estrategistas, heróis, manipuladores, sanguinários, piedosos, cruéis, amados ou odiados, muitos foram os adjetivos atribuídos a eles ao longo dos séculos. Suas ações, conflitos, guerras e as mais múltiplas e contraditórias atitudes, foram relatadas do ponto de vista dos próprios conquistadores, o que significa dizer que é impossível saber onde está narrado o verdadeiro Cortés ou o verdadeiro Pizarro. Apesar da corte espanhola desejar que os indígenas, ou "os súditos do Novo Mundo", fossem tratados com respeito, na prática, depois de militarmente derrotados, eles foram levados à condição de semiescravidão. Para as populações indígenas sobreviventes, esta situação perdurou até o final do século XVIII, quando a disseminação do ideário iluminista e a crise da Coroa Espanhola devido às invasões napoleônicas deram espaço aos processos de independência que dariam fim ao período colonial. Mas o seu legado ficou. A mortandade causada pelo trabalho excessivo, pelas guerras e pelas doenças que chegaram junto com os conquistadores foi tamanha que a conquista da América é, ainda hoje, considerada um dos maiores genocídios cometidos na História.
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