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awada

1.000 Francs – 2019 – Níger

Atualizado: 29 de jun. de 2023

Camelos. Os navios dos desertos.

Criaturas extraordinárias, os camelos evoluíram para sobreviver em algumas das regiões mais hostis e extremas do planeta. Nos desertos, por exemplo, as temperaturas podem ir desde escaldantes 49ºC até gélidos -40ºC. E foi justamente nestes ambientes que eles contribuíram enormemente para a expansão da civilização humana. Domesticada muito antes de 2.000 a.C., a espécie conhecida como camelo árabe ou dromedário e retratada nesta cédula foi desde cedo o meio de transporte mais rápido e seguro para a travessia de extensas regiões desérticas, principalmente por não precisarem ficar bebendo água a todo momento. Os 14 milhões de dromedários hoje vivos e espalhados pelo mundo são animais domesticados, sendo que eles estão praticamente extintos como animais selvagens. As caravanas de camelos foram a principal forma de comércio transaariano até meados do século XX, quando a infraestrutura colonial europeia de ferrovias e estradas foi introduzida. Conduzidas por povos nômades que habitavam uma vasta região do Sahara e Sahel, estas caravanas percorriam rotas comerciais que se estendiam desde a costa mediterrânea do norte da África até as grandes cidades da savana do Sudão na extremidade sul. Além de sua distribuição nativa original concentrada no norte da África e na Ásia, houve diversas tentativas de implantação de colônias de camelos em outros locais. Na Guerra Civil Americana dromedários foram utilizados experimentalmente, mas sem muito sucesso, por causa da sua impopularidade entre as tropas. Sendo um animal resistente à escassez de água e comida, o camelo poderia ser uma boa pedida para serviços de carga e tração no Nordeste brasileiro. Com isto em mente, o imperador D.Pedro II em julho de 1859 trouxe 14 camelos da Argélia. Porém, o pequeno rebanho padeceu com a falta de criadores especializados e o projeto não vingou, sendo que os camelos que conseguiram se aclimatar acabaram se transformando em atração turística.


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