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1.000 Francs – 1940 – França

Atualizado: 19 de jan.

O galo gaulês. O símbolo mais antigo do povo francês.




Embora a Constituição de 1958 da França tenha privilegiado a bandeira tricolor azul-branca-vermelha como seu emblema nacional, vários outros símbolos estão associados à nação francesa, entre eles a figura de Marianne, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, o hino “A Marselhesa” e a data da Revolução Francesa “14 de Julho”. Mas há um símbolo ainda mais antigo entre todos estes associados à França - o galo gaulês. Esta associação teve origem em um jogo de palavras, já que a palavra latina “Gallus” significa tanto “gaulês” quanto “galo”. Os gauleses eram um antigo povo celta que habitavam a Gália, nome dado pelos romanos para a terras na Europa Ocidental que hoje compreende o atual território da França, algumas partes da Bélgica e da Alemanha e o norte da Itália. O galo era utilizado pelos gauleses como um símbolo religioso, um sinal de esperança e fé, uma vez que o cantar do galo a cada manhã representa o triunfo da luz sobre as trevas. Sua imagem apareceu em moedas gaulesas desde os tempos antigos. Após um período de eclipse na Idade Média, o galo francês ressurgiu a partir do Renascimento como representações dos reis franceses, que o adotaram como um símbolo de coragem e bravura. Sua popularidade cresceu ainda mais durante a Revolução Francesa, tanto que ele foi incluso no selo do Diretório que governou a França a partir de 1795. Posteriormente, um comitê de membros do Conselho de Estado de Napoleão I propôs adotá-lo como símbolo nacional. O imperador, porém, recusou, alegando que o galo, por não ter força, não podia ser a imagem de um império como a França. Mas o galo voltou a recuperar seu prestígio político em 1830, quando uma ordem estipulou que sua imagem deveria aparecer nos botões do uniforme da Guarda Nacional e no topo de suas bandeiras. Em 1848 ele apareceu no selo da Segunda República, esculpido no leme do navio que sustentava a Deusa da Liberdade. Desprezado por Napoleão III, sua hora de glória chegou em 1870 durante a Terceira República, que o retratou em seu selo e em moedas de ouro. E além do mais, o colocou de asas estendidas, crina orgulhosamente erguida e esporas ameaçadoras, em cima do portão dos jardins do Palácio Eliseu, residência oficial do presidente da República Francesa. Embora a figura de Marianne continue sendo a preferida na esfera política moderna, o galo gaulês sobreviveu aos tempos modernos. Desde 1909 a seleção francesa de futebol o tem estampado orgulhosamente em sua camisa e ele esteve presente no peito dos campeões mundiais de 1998, embora sua forma tenha mudado drasticamente ao longo dos anos. Com relação ao dinheiro circulante na França na era pré-euro, o galo gaulês foi mais comumente retratado em moedas, mas nesta bela cédula podemos vê-lo em seu canto direito. Independente de sua estranha origem, o galo gaulês continua a ter um grande valor simbólico para o povo francês.

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